Mao tse-tung, (1893-1976), fundador
do Partido Comunista Chinês, do Exército Popular de Libertação e da
República Popular da China, nasce numa família de pequenos proprietários
de Changcha. É enviado a Pequim para cursar a escola secundária e a
universidade e se envolve no movimento democrático de 4 de maio de 1919.
Ao voltar a Iennan, organiza círculos de estudo da teoria marxista.
Participa do congresso de fundação do Partido Comunista, em 1921, em
Xangai, mas é considerado herético por sugerir que a revolução chinesa
deve ser camponesa, e não liderada por operários industriais. Passa a
advogar construção de bases revolucionárias no campo, contra a opinião
da maioria dos dirigentes.
Essas bases acabam sendo decisivas para
a sobrevivência das forças comunistas, que se salvam do golpe militar
de Chiang Kai-shek em 1927. Mesmo assim, as opiniões estratégicas de Mao
continuam em minoria até a derrota do Exército Popular de Libertação
frente à quinta ofensiva das forças do Kuomintang, em 1935, que resulta
na Longa Marcha. Durante essa retirada de 100 mil homens através de 12
mil km para Iennan, Mao é eleito o principal dirigente do PC e
comandante do EPL. Estabelece seu quartel-general na província de
Shensi, região que permanece sob o controle do Exército Popular. Em 1939
casa-se com Chiang Ching, uma artista de Xangai, apesar da oposição de
outros dirigentes, como Chou Enlai. Durante a Segunda Guerra, faz uma
aliança com o Kuomintang para defender o território chinês e amplia as
bases sob seu domínio.
Em 1948 lança uma ofensiva final sobre o
governo e estende o domínio do governo popular socialista sobre toda a
China. Acumula os cargos de secretário-geral do PC e presidente da
República e dirige as transformações radicais no país. Em 1966 lança a
Revolução Cultural e usa o movimento para libertar-se de seus opositores
e inimigos dentro do próprio PC. No início dos anos 70, sob influência
de Chou Enlai, começa a conter as tendências mais esquerdistas,
inclusive as lideradas por sua mulher, Chiang Ching, e promove uma
bertura do país ao mundo ocidental. Em 1971 reata relações diplomáticas
com os Estados Unidos e ingressa na ONU. As disputas pelo poder
acirram-se no país. Com a morte de Chou Enlai no início de 1976, Mao vê
crescer o poder de seu vice-primeiro-ministro, Deng Xiaoping, mais tarde
seu sucessor.
Chiang Ching (1914-1991), atriz na
juventude, é quarta esposa do dirigente comunista chinês Mao Tse-tung,
com quem se casa em 1939. Fica mundialmente conhecida a partir de 1965,
como a principal dirigente da Revolução Cultural chinesa e uma das
organizadoras da Guarda Vermelha, organização paramilitar da juventude
maoísta. Com a morte de Mao em 1976, é afastada do poder e presa. É
condenada à morte em 1981, durante o processo contra a chamada Gangue
dos Quatro – os dirigentes da Revolução Cultural -, acusada de mandar
matar milhares de oposicionistas. Em sua defesa, afirma que limitava-se a
cumprir ordens de Mao: “Eu era apenas o seu cachorrinho”. Sua pena é
comutada para prisão perpétua em 1983. Doente a partir de 1988,
suicida-se em 1991.
Deng Xiaoping, sucessor de Mao Tse-tung no
comando da China. Com 16 anos integra um programa de estudo e trabalho
na França, onde adere ao Partido Comunista. De volta ao país passa a
organizar forças a favor de Mao Tse-tung. Participa da Longa Marcha com
Mao mas depois passa a ser acusado de ser pouco ortodoxo em relação aos
princípios maoístas. Em 1966 é demitido do cargo de secretário-geral do
partido e submetido à humilhação pública pela Guarda Vermelha.
Depois
de algumas tentativas frustradas, volta à política depois da prisão da
Gangue dos Quatro e da mulher de Mao. Recupera a liderança no final da
década de 70 e internacionalmente passa a ser considerado o responsável
pela modernização do país. Começa a perder popularidade na década de 80
ao defender posições da ala mais radical do partido. Em 1989 manda
reprimir com violência as manifestações pacíficas de estudantes na Praça
da Paz Celestial em Pequim.
Fonte : http://www.coladaweb.com/historia/revolucao-chinesa